Cansei de me arrepender, mas quem não cansou não é? Às vezes me pego imaginando como teria sido se eu tivesse dito sim, em vez de ter dito aquele não que até hoje eu sinto. Eu não queria ter tomado umas decisões erradas que acabei tomando, mas quem queria não é? Às vezes penso na mensagem enviada, na porta aberta e no espaço criado. Mas não faz diferença, pelo sim ou pelo não, eu sobrevivi.

E adivinha só? O que está feito, está feito. Eu nunca vou conseguir voltar e dizer sim. Ou voltar e mudar qualquer espaço aberto ou frase dita. Adivinha só? Eu não tenho controle algum – logo eu, maníaca por controle e planejamento. A verdade é que eu até tento levar a vida pra seguir da forma que eu quero, considerando o que eu acho verdadeiro, mas no fim das contas quem manda é o mundo.

E ainda bem que o mundo gira, não é? Ainda bem que a gente amadurece e percebe que escolheríamos diferente e que nem sempre o que escolhemos no passado faz sentido agora. Até porque tudo depende de como interpretamos as nossas escolhas. E é por isso que eu acho possível viver uma vida sem remorso – logo eu, maníaca por mágoas.

Fonte: We Heart It

Eu queria não me arrepender, mas em vez disso vou aprender a deixar pra lá. Quero transformar os meus arrependimentos em energia pra soltar o que eu cismei em agarrar mesmo sabendo que não posso manter. Eu queria não me arrepender, mas em vez disso vou deixar a vida acontecer e o coração bater na velocidade certa – até porque abrir espaço para o “e se” é perder o foco e eu não estou disposta a isso.

E adivinha só? Não faz diferença nutrir arrependimento algum se não dá pra mudar o que está feito. E se eu sou maníaca por controle e mágoas, eu também sou por desperdício de energia. E não dá mais pra me desperdiçar com essa mania de olhar pra trás, em vez de olhar pra frente. Então aceitar quem eu fui, o que eu fiz e onde cheguei, é a única maneira de conseguir ser o que eu preciso ser agora para continuar seguindo em frente.