Já me disseram que a vida ensina e que devo considerar tudo como se fosse uma escola. Todo dia um laboratório diferente. Eu, os meus clichês e inícios meio enrolados. Sabe como é, tem um turbilhão de coisas acontecendo por aqui, mas acredito que sempre vai ter.
A vida é essa mochila que carrego com dramas diários e necessários, pensamentos que me assombram antes de dormir e motivações que me fazem acordar. A vida tem um jeito estranho de ensinar, confesso. Mas não seria entediante se não fosse assim?
Estou presa em uma realidade e vivendo algumas outras internamente, como sempre. Talvez seja isso a causa de tanta bagunça. Se eu pensar direitinho, nunca teve nada além de uma mente insana investindo energia em pensamentos aleatórios.
Cadê o foco? Criei tantas realidades que quase me perdi. Mas acabei aprendendo com a minha própria zona mental. Levei em consideração quem eu sou, de onde vim e o que quero – mesmo que eu não tenha nada disso claro. Por isso sigo dizendo o único que me cabe: a vida ensina.
E eu sigo nessa de aprender, às vezes acertando de primeira, outras padecendo com os meus próprios pecados, e volta e sempre com a minha pressão interna me implorando pra parar. Mas como eu bem sei, parar nunca foi uma opção.
Não tem lição, aprendizado ou evolução, se eu aceitar o que não me representa. Eu finalmente aprendi o valor da minha voz. Demorou, mas entendi o que a vida anda tentando me ensinar há tempos. Chega uma hora em que só amor próprio te leva em frente.
Bom ou ruim, certo ou errado, céu ou inferno – nossa, estou cansada de toda essa papagaiada. Sigo fazendo o meu melhor e aos trancos aprendi que isso é o suficiente. Todo o resto é consequência do que já aprendi ou do que ainda vou aprender.