Mais um ano passou. E eu preciso admitir que esse ano foi um pouco mais pesado do que eu pensei que seria. Fui surpreendida mais do que 365 vezes. Senti na pele que tempo é tudo o que eu não tenho. Talvez esse ano tenha demorado um pouco mais do que deveria para terminar. Sinto que não foram 12 meses, mas sim 12 vidas. E agora percebo que o ano, e qualquer outro ciclo, só acaba quando a gente termina de aprender todas as devidas lições.
Nesse ano aprendi a parar de investir o meu tempo em pessoas vazias. Aprendi que o meu tempo vale muito e que eu não tenho o suficiente para desperdiçar dessa maneira. Aprendi que pessoas vazias não tem nada para me oferecer, simples assim. Depois desse ano, aprendi que é hora de seguir em frente e investir o meu tempo e energia em quem realmente me quer bem. E isso independe de quem eu sou, do que eu gosto ou de onde eu estou.
Mais um ano passou. E a cada dia tenho mais certeza sobre não me acomodar, não me conformar ou não me aquietar. Se tem algo que me desagrada, eu devo mudar – e isso depende apenas de mim. Depois desse ano, aprendi que é necessário gritar e colocar pra fora toda a imensidão da minha essência e o quanto ela pesa. O que eu sou sempre vai pesar mais, inclusive mais do que vontades alheias que não me representam.
Nesse ano aprendi a ser mais consciente com as minhas escolhas. Finalmente aprendi que o modo automático é perigoso demais e é uma maneira sem sentido de viver. E isso também me ensinou que eu devo, a todo instante, questionar sobre o que eu realmente quero e para onde eu estou indo. Nesse ano eu aprendi que estar em dia com a minha essência é a melhor forma de garantir que eu esteja realmente vivendo.
Mais um ano passou. E eu tive mais do que 365 oportunidades para me permitir, me jogar de cabeça e dizer sim. Talvez foi necessário mais um ano passar para eu entender a magnitude das minhas ações, e também suas consequências. Eu estou onde as minhas escolhas me trouxeram. E isso independe de quantas ondas eu pulei na última virada de ano. Depende apenas de mim mesma e da coragem que carrego comigo.
Esse ano que passou me ensinou a me assumir mais, me amar mais e me respeitar mais. Um ano de oportunidades para eu ser o que realmente quero ser. E com isso aprendi a lição mais importante do ano: posso não controlar o que os dias vão me trazer, mas posso me deixar à disposição para continuar aprendendo. E isso eu levo para o ano que vem e todos os outros que seguem. A vida vai sempre me surpreender, cada vez mais, cabe somente a mim tornar isso aprendizado ou cicatriz.