Que a gente possa recomeçar. Não porque precisamos, mas porque é bom. Volta e meia a vida fala mais alto e a gente já não faz ideia do que estamos fazendo ou para onde estamos indo. E recomeçar nada mais é do que uma busca por consciência, pra ter certeza do que faz sentido e de que não vendemos a nossa alma ainda.
Tudo bem que o ano foi daquele jeito que sempre é, correria e alguns planos empurrados pra depois. A vida é assim mesmo, às vezes ela atropela. Tudo bem que a gente não fez tudo o que queríamos e muito não aconteceu como planejado. Mas a vida tem dessas de surpreender com pessoas, acontecimentos e lições repentinas.
Era ontem e tudo estava diferente, algumas bagunças mentais, problemas que achávamos que não tinham solução e vários projetos pra tirar do papel. E olha só pra gente agora?! Quanta coisa aprendemos? Quantos itens da listinha riscamos? Quantos novos perrengues apareceram que fizeram os outros parecerem pequenos?
Que a gente possa recomeçar quando necessário. Não porque precisamos mas porque é a única maneira de evoluir. Assim conseguimos desapegar do que não nos agrega mais, fazer as pazes com o que passou, aprender com os surtos e assumir novos desafios que nos motivem a fazer mais por nós mesmos.
Não é incrível pensar que estamos fazendo o melhor que podemos? Seguimos respeitando o nosso ritmo, correndo atrás do que queremos, surtando uma vez ou sempre, tentando alcançar a plenitude, mas nunca abrimos mão do que nos agrada. Afinal, o que vale no fim do dia é ter a alma tranquila e o coração na batida certa.