Já cansei de batalhar contra o mundo. Com certeza essa não foi uma escolha sábia. De todas as batalhas que podemos escolher, parar de se ferir é a melhor delas. Então eu parei de deixar o mundo me decepcionar. Passei a esperar menos do universo e de mim mesma. Se volta e meia o mundo me desaponta, provavelmente é porque eu faço o mesmo. E não quero que essa relação de igualdade entre eu e o (meu) mundo me pressione a desistir. 

Até porque desistir nunca foi ou será uma opção. Então aprendi a olhar para o que realmente importa. Respeitei a dor como essência do ser humano. Aprendi a acreditar em pessoas boas como a salvação da humanidade. Admirei a perseverança e aqueles que cedo madrugam. Desconsiderei aqueles que disseram ser sorte. E acima de tudo, aprendi a escolher as minhas próprias batalhas. E talvez essa tenha sido a batalha mais difícil.

Fonte: We Heart It

Fonte: We Heart It

Eu sei que viver dói e não é cômodo. Mas acima de tudo, acredito que seja a melhor forma de aprendermos a melhorar, cada dia mais. É fácil quando não questionamos ou interpretamos o que temos à nossa volta – mas faz tempo em que eu não sou mais absorta assim. A batalha principal que deveria reger as nossas vidas é contra as expectativas que nós mesmos criamos e nada mais. Deveria ser simples, mas não é.

Chega um momento em que esperar dos outros passa a ser perda de tempo. Chega um momento em que esperar que as coisas melhorem sem fazer nada, não resolve. Chega um momento em que abrir mão é sobrevivência. E o mais importante de tudo é o momento em que paramos de esperar pelos outros e passamos a fazer mais por nós mesmos. Não é egoísmo, é uma forma madura de enfrentar o mundo.

No fim das contas somos nós contra o mundo de qualquer maneira. Apenas nós mesmos somos capazes de compreender o quão longe podemos ir. Talvez seja hora de repensar. Talvez seja um bom momento para começarmos a questionar. Sejamos raciocínio onde existe ignorância. Sejamos críticos onde existe alienação. Sejamos aqueles que buscam o que falta, não para ficarmos completos e sim, para sermos melhores pessoas. Sejamos mudanças e não batalhas. Afinal até os ignorantes se doem pelo que não veem.