Chame de arrogância se quiser, mas eu preciso dizer que consegui. Mesmo sendo julgada e desacreditada por ter vivido o que vivi, eu cheguei onde quis – como se desde sempre eu soubesse a direção correta. Fala sério, eu não sabia de nada não, juro. Eu só estava cansada de aceitar como verdade o que vinha dos outros. E a minha verdade, onde estava?
Sabe como é, agora não me apego mais ao palpite alheio e nem tenho tempo pra aceitar crítica construtiva de que nunca construiu nada. Ando ocupada vivendo a vida que eu sempre quis, seguindo bem comigo mesma e carregando gratidão por ser quem eu sou. Podem desacreditar de mim, mas deixem recado que quando der eu respondo.
Arrogância é o nome? Então que seja. Não foi fácil me fazer de forte quando as minhas feridas ainda sangravam; quando fui menos sabendo que podia ser mais só pra passar despercebida; quando disse sim querendo dizer não só pra evitar conflito. É que eu já carregava tanto conflito dentro de mim, sabe? Só não dava mais.
Chame de arrogância se quiser, mas eu preciso dizer que fiz por mim mesma. Não foi fácil engolir os medos, anestesiar os traumas e sorrir pra começar o dia. Não foi fácil seguir carregando essa batalha interna comigo mesma pra todo canto aonde quer que eu fosse, magoando a minha essência e ignorando um pouco da minha verdade. Eu estava sozinha.
Sabe como é, ainda me defendo e raramente baixo a guarda, me criei na rua e aprendi a sobreviver desse jeito. Então aceito os julgamentos dos meus erros de moça quebrada porque eu não sou mais assim. Fala sério, eu sempre tive o direito de ser quem eu quero ser e o que pensam disso eu ignoro porque só a minha verdade importa pra mim.
Arrogância é o nome? Então que seja. Mesmo carregando uma alma magoada eu nunca me vendi. Acreditei na minha trajetória, me encontrei no meio de uma bagunça que não me pertencia e fiz de mim quem eu queria ser e não o que achavam que eu era. Encontrei a minha verdade e consegui o que queria e não o que me diziam possível – arrogância é o meu sobrenome.