Da minha poesia só eu sei. E é por isso que respeito o meu ritmo, silêncio e pontuação. Não posso dar espaço pra sentenças fracas ou contraditórias – muito menos sentidos falsos. Eu cuido da minha poesia e faço o que precisa ser feito pra manter a minha verdade. É que seguir pelo estilo fictício não me acrescenta mais.

A minha poesia me pede por consciência – de quem sou e do que faço. E é por isso que eu tô sempre na batalha pra fazer as pazes comigo mesma, entender a minha reação quando a vida pesa ou querer tirar o máximo de cada tapa que eu levo. É que consciência me faz entender o peso da responsabilidade que as minhas escolhas e atitudes carregam.

Da minha poesia só eu sei. E é por isso que me afasto do que é tóxico e rouba o sentido das minhas palavras. Não posso me deixar levar pela interpretação alheia – muito menos resenhar do que não sei. Cada um carrega um entendimento único do mundo e qualquer prosa que afirme uma verdade absoluta nada mais é do que ficção.

da minha poesia só eu sei

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A minha poesia me pede por leveza. E é por isso que eu me trato como prioridade, sigo me amando cada vez mais e acreditando nos meus versos – inacabados ou não. A minha prosa barata de ontem já não me representa, mas sigo em paz com isso porque cada tentativa de verso me trouxe até aqui. É que a minha poesia tem o próprio ritmo e tempo de evolução.

Da minha poesia só eu sei. E é por isso que faço do meu refrão o melhor que posso, apago os versos que não me acrescentam mais e reescrevo com a minha essência todo o resto. Tudo o que posso fazer é cuidar da minha poesia e manter o sentido das sentenças que crio. É que o fictício anda entediante demais e a poesia cada vez mais rara de encontrar.