[ Leia ouvindo: Cássia Eller – 1º de Julho ]

Eu sou minha, mas ainda estou tentando entender o que isso significa. As vezes me embalo na música do Renato Russo, preferencialmente na voz da Cássia Eller, e consigo me sentir mais minha do que nunca. Mas volta e sempre eu oscilo entre pertencer a mim mesma e realmente deixar de seguir caminhos já traçados.

É que ser minha me ensinou que o caminho não é fácil, mas vale a pena. Ser minha significa seguir as minhas vontades e me respeitar, independente do quão intenso isso seja. Ser minha significa não me omitir e me fazer ser presente. Então parei de me importar com lágrimas ou sorrisos, porque tudo faz parte da trajetória.

Eu sou minha, mas ainda estou tentando entender para onde estou indo. Quer dizer, adianta nada sair desbravando o mundo e me colocar em posições incômodas se eu não souber tirar proveito das minhas vivências. Não adianta nada investir tempo e energia moldando o melhor em mim, se eu me fechar para o novo.

Fonte: We Heart It

É que ser minha me mostra que eu posso sempre mais e que eu posso ser o que eu quiser. Eu poderia facilmente ser o que querem que eu seja, mas que graça teria? Se eu seguisse por um caminho que eu não escolhi, quão longe eu chegaria? Onde estaria a minha motivação? Não consigo acreditar que ser omissa comigo e com as minhas escolhas me faria ser uma pessoa melhor.

Eu sou minha e isso me diz que a responsabilidade do meu caminho, dos meus sonhos e de tudo o que me acontece é somente minha. Ser minha significa aprender com as minhas próprias experiências e, mais ainda, com os meus desejos – insanos ou não. Acho que nunca tive tanto controle e poder ao mesmo tempo. Acho que nunca pertenci tanto à mim mesma quanto agora. Acho que nunca fui tão minha quanto hoje.