Moço, parece que o destino nos pregou uma peça. Toda essa multidão aqui e eu fui colocar os meus olhos logo em você. Todo esse povo andando sem saber pra onde, e eu fui querer fazer caminho logo ao teu lado. Toda essa dificuldade de seguir em frente, e eu fui querer logo a tua companhia. Moço você caminha no meu ritmo. E quando você me abraça eu consigo sentir o que a lua sente pelo sol, apenas pelas batidas do teu coração. E nessa brincadeira de me entregar, eu encontrei a melhor forma de encarar a vida: apaixonando-me por ti.

Logo eu que construí tantos muros e me defendi tanto para não me expor. Logo eu que quase nunca tive exemplo do que é o amor. Logo eu que sempre questionei até onde as pessoas chegam baseadas no que sentem. Logo eu que desacreditei desde muito cedo em sentimentos verdadeiros e entregas genuínas. Logo eu que nunca me permiti sentir. Logo eu que fazia do orgulho fundamento para o coração.

Vê se pode, o mundo está cheio de inquisidores, tentando em vão, nos enfraquecer ou nos desacreditar. Mas moço, desde que eu coloquei meus olhos nos teus, aprendi a lutar pelo o que eu sinto e acredito – como deveria ter sido desde sempre. Eu facilmente sigo o meu coração. E que culpa eu tenho se você preencheu ele inteiro? Mas sabe, sinto que todos os entendedores de amores falidos não são capazes de entender um amor como o nosso. Até porque eles nunca dormiram sorrindo, só por saber que na manhã seguinte o primeiro compromisso é com o amor.

Fonte: We Heart It

Fonte: We Heart It

E sabe moço, a minha vida encaixou tão bem na tua, não é? Quando olho pra você recebo a reciprocidade que tanto quis. No fundo dos teus olhos eu encontro toda a verdade que eu sempre procurei. Você torna a vida fácil e os dias agradáveis. Cada passo tão bem pensado. Cada beijo tão bem dado. Cada dia tão bem aproveitado. Cada caminho tão bem escolhido. Até parece que ensaiamos.

E talvez, se pensarmos bem, ensaiamos enquanto caminhávamos rumo ao nosso desejo de ficarmos juntos, mesmo contrariando muita gente. Ensaiamos enquanto aceitávamos um ao outro pela forma que somos, mesmo que isso signifique não concordar o tempo inteiro. Ensaiamos enquanto aprendíamos um com o outro, mesmo que as vezes eu teime em fazer do meu jeito errado. Ensaiamos enquanto éramos felizes, mesmo que sem perceber toda a intensidade girando ao nosso redor.

É moço, nós não sabemos o que o amanhã reserva para o caminho que escolhemos. Ninguém sabe o que acontecerá em seguida. Vai que a lua canse de ser orgulhosa e resolva procurar o sol? Torço para que isso aconteça, mesmo que signifique um mundo de cabeça para baixo – ou um mundo onde o sol e a lua estão juntos no mesmo horário.  Nada disso faz diferença, pelo menos não para nós. Até porque, sinceramente, tendo você ao meu lado nessa caminhada, não é necessário o brilho de nenhum dos dois para nos iluminar.