Acredito que vivemos cada dia uma tragédia, não importa quão intensa ela seja. Se não enfrentarmos alguma coisa realmente difícil fica meio sem sentido, concordam? Acho que acordamos toda manhã e assim que abrimos os olhos é como se estivéssemos começando o jogo. Quase consigo ver a nossa vida como se fosse um jogo de videogame.


Não podemos perder o controle e acho que para isso precisamos do humor, como se fosse o nosso parceiro no jogo. É ele que torna o dia-a-dia leve e sutil. É quando você ri do seu tropeção na rua ou quando sua blusa fica suja depois do almoço.

O humor é o responsável em controlar o desespero das pequenas causas. Já imaginou como seria estressante se não existisse o riso, o humor, a piada, a graça? Acredito que são esses elementos que desligam nosso cérebro para as coisas das quais não precisamos perder muito tempo.

E é nesse ponto que entra outro item importante para jogar a vida, é saber rir dela. Quando alguns amigos estão reunidos em frente ao videogame eles estão se divertindo e rindo. Existe algum motivo para nós não conseguirmos fazer isso com a nossa rotina?

No início do texto citei a vida como um jogo, então devemos nos divertir correto? Sim eu sei, nem todas as fases são fáceis, mas são totalmente necessárias. Se você não matar o chefão não vai conseguir salvar a princesa e assim por diante.

É claro que temos total direito de fazer um drama às vezes. Podemos imitar as novelas, vamos nos encostar na parede e chorar caindo sentadas no chão. É eu sei, não é assim que funciona o nosso jogo e por isso você perde uma vida. E agora além de se recompor você irá passar pela fase novamente.

Viu? Desespero não leva a lugar nenhum. É como o sábio Carlos Drummond de Andrade afirmava: “A dor é inevitável. O sofrimento é opcional”.

Após um dia cheio de batalhas e luta contra chefões você ganha um bônus: chegar em casa e se sentir realizada. Não é incrível? Acredito que é essa sensação que recarrega a bateria para abrirmos os olhos na manhã seguinte e apertar o start novamente. É exatamente a sensação que torna as tragédias essenciais. No final você percebe que não quer salvar a princesa, você só quer vencer e se sentir feliz com a vitória. Todo mundo joga pra ganhar não é?