O contrato de casamento é algo esquisito, digamos assim. Não consta em nenhuma cláusula o que realmente o casal deveria saber. E isso não é uma falha do cartório e/ou documentação, pois nem o padre ensina o que se deve na cerimônia. A benção matrimonial não é nada mais do que o início da confusão.

Existem quatro formas de casamento: cartório, religioso, união das escovas de dente e o bancário. Este último é o mais delicado, principalmente quando vem acompanhado de um filho chamado cartão de crédito.

Após as realizações dos casamentos citados – missa, festa e noite de núpcias inclusive, algumas coisas deveriam ser esclarecidas. Princípios básicos de sobrevivência depois da solteirice, nada fora do comum. Tem que ficar claro que a regra número um após o casório é o peso. Você vai engordar e não tem como fugir disso.

É claro que além de você ter prometido na saúde e na doença existem outras promessas implícitas. Como na grosseria e na falta de paciência, mau-humor e preguiça, ciúmes e crises existenciais. É claro que isso o padre não fala, não é?

E no cartório, após você assinar e decidir agregar um novo sobrenome, o juiz de paz também não comenta que o casamento pode ser abalado de acordo com o resultado dos jogos de futebol ou idas desastradas ao cabelereiro, não é?

Sobrevivendo ao casamento

Esses fatores deveriam estar em alguma linha do contrato, poderia até ser nas letras miúdas. Talvez até em alguma parte do sermão do padre. É claro que não estão e por um único motivo: elementos surpresas fazem parte do dia-a-dia. E não seria diferente com o seu conto de fadas chamado casamento.

O que realmente importa, sem ser a sobrevivência básica, é ter com quem contar. O grande diferencial do casamento é saber que mesmo com todos esses momentos desagradáveis, sejam eles irritação, mau-humor, um dia ruim, TPM ou apenas momentos desagradáveis, existe alguém lá por você e que te aceita exatamente assim durante o decorrer do “felizes para sempre”.

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