Você mexeu com a minha poesia. E eu não consigo explicar de uma forma diferente. Se me perguntarem, prefiro não responder. É sutil demais pra colocar em palavras, sabe? Eu estava lá, de boa, achando que cuidava da minha vida sem ninguém me notar, e eu te vi. Ou você me viu. Não sei quem viu quem, mas bateu né?
Eu tenho esse jeito meio risonha, eu sei. Mas como a gente pode se dar tão bem com alguém tão rápido? Fiquei sem entender. O teu papo é bom e bate com as minhas ideias. Eu te vejo prestando atenção em mim enquanto eu falo dos meus dramas e eu gosto desse nosso momento. Você sabe que isso é raro de encontrar, né?
Você mexeu com a minha poesia. Ainda não consegui definir qual lado pesou, mas balançou. Talvez tenham sido algumas palavras não ditas, e eu ainda posso estar engasgada com isso, mas teve presença. Você mexeu comigo de um jeito tão autêntico que eu não soube lidar. E a verdade é que nem quero saber.
Eu tenho esse jeito meio risonha, eu sei. Mas a tua sutileza ganhou o meu sorriso. Agora quando eu segurar o riso, vou lembrar do quanto o som da minha gargalhada te agrada. E ai, faz como? Não sei como funciona isso de pessoas alheias te darem lição de amor próprio, mas funcionou. Como te explico o bem que você me fez?
Você mexeu com a minha poesia. E de uma maneira boa me fez acreditar nas minhas próprias escolhas de novo. Você me questionou de uma forma tão sutil que deixou espaço para eu mesma reavaliar as minhas respostas quase automáticas. Você me mostrou que a vida é movimento e quanto mais questionamos mais a nossa poesia evolui.
Eu tenho esse jeito meio risonha, eu sei. Mas o que aprendi contigo é permanente. Essa coisa só nossa, que nem poesia explica, vai estar sempre ali de canto esperando uma música começar pra se fazer lembrar. E agora eu tô aqui, de boa, achando que cuido da minha vida e não quero ninguém pra me notar. Tem poesia demais em mim.